Thursday 8 August 2013

Casa de fora-Casa de dentro





Sempre acreditei em espaços com alma, repletas de histórias de vida, como caminho para uma casa mais verdadeira. 

Se você também aposta na decoração e design com emoção, que trazem leveza para alma, vai adorar ler este texto, que vi no Facebook:

Casa de fora-Casa de dentro- por Angelica Rente

Já venho pesquisando há algum tempo as questões relacionadas ao morar, e como os espaços influenciam nossos pensamentos, comportamentos e emoções. Mas hoje tive, pela primeira vez, uma noção clara e súbita de como a minha casa reflete quem eu sou e os caminhos de vida que venho trilhando. Ela, assim como eu, passa por alterações. 

Primeiro, fiz o tão necessário "destralhamento" radical, quando joguei fora, sem dó, coisas que não me servem mais nessa nova fase de existência. Joguei fora também projetos de vida antigos, que não são mais possíveis ou desejáveis, ideias ultrapassadas, abrindo espaço para novos planos, mais coerentes com meus desejos e ideais. 

Em ambos os processos, tanto no externo quanto no interno, fiquei exausta, me desesperei ao imaginar que jamais conseguiria terminar de me livrar de tanta tralha, quase desisti. Mas eram coisas que só eu poderia fazer. 

No final, senti um grande alívio e muita alegria ao me deparar com espaços vazios, livres, abertos ao novo. Depois, algumas mudanças pontuais e, na maior parte das vezes, sutis: uma parede pintada com uma cor diferente ali, um lustre novo no quarto, um móvel que mudou de lugar, um enfeite tirado do fundo do armário e colocado em evidência, um sonho esquecido recuperado... 

Meus filhos talvez tenham sido mais rápidos do que eu em perceber os ventos da mudança – começaram a reformar os seus quartos muito antes que eu me desse conta de que queria transformar o meu também. 

Agora é a minha vez. Voltei a estudar assuntos relacionados à arquitetura, mas agora de uma forma muito mais aprofundada, porque o que mais me interessa no momento são justamente as relações que podemos traçar entre nosso jeito de morar e as nossas escolhas existenciais. 

Voltei a praticar coisas em que acredito. Voltei a ter amigos, a dançar, a cantar, a fazer arte. Comecei a espalhar a minha magia pelos espaços em que vivo e trabalho, na forma de flores, plantas, pedras, aromas, formas, orações, canções. Assim como eu, minha casa continua em reforma. Assim como eu, ela continua cheia de espaços vazios, aguardando serenamente pelo novo, que certamente virá.


PS: A foto que ilustra a postagem foi tirada numa das viagens pela Europa. Não é encantador a maneira que as pessoas encontram, para criarem seu paraíso pessoal, mesmo nos espaços mais inusitados?

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